Você gosta de feijoada? Acha capoeira uma prática legal? E aquele samba para curtir nas horas vagas, é bacana, não é? Melhor ainda é saber que essas três coisas têm algo em comum: fazem parte da cultura afro-brasileira, universo de temas variados, conhecidos e populares que foram (e são) essenciais para a formação do nosso país. Como se sabe, o Brasil é uma nação miscigenada, mas é impossível deixar de lado a contribuição dos negros em diversos aspectos de nossos hábitos, sendo fundamental reconhecer esses valores e aprender cada vez mais sobre eles. Podemos conferir muitos guias, pesquisas, livros e cursos online que revelam muitas informações interessantes e curiosidades, com toda a história da cultura africana que tanto nos encanta. 

O Curso Online Cultura Afro-Brasileira, do Foco Educação Profissional, é um desses manuais que trazem muitos dados incríveis primordiais para educadores e pessoas que querem entender tudo o que diz respeito a essa riqueza cultural. É ótimo ter contato com meios que trazem conhecimento e nos inspira. Por isso, preparamos este artigo para te ajudar a desbravar o universo da cultura afro-brasileira com tudo que o permeia, com as influências e um panorama geral sobre a situação da população negra no país atualmente. Acompanhe e surpreenda-se!

Cultura Afro-brasileira: um pouco de contexto histórico 

É fundamental tratar de cultura afrodescendente contextualizando historicamente esse tema, voltando aos primórdios da formação do Brasil, período em que os primeiros negros chegaram ao país, como todo mundo sabe, obrigados. Um episódio triste e que deixa uma ferida na história, a escravidão foi algo lamentável que aconteceu por aqui durante muitos anos no período colonial.  

A exploração da mão de obra negreira começou na primeira metade do século XVI, para as lavouras de cana-de-açúcar no Nordeste (Bahia, Maranhão, Pernambuco) e demais atividades que foram se expandindo e compreendiam diversos meios de produção, como a extração do ouro em Minas Gerais, o café em São Paulo e muitas outras tarefas que, com o tempo, chegaram no país todo. Segundo historiadores, o Brasil contou com cerca de 4 milhões de africanos nessa época, entre adultos, crianças e idosos, todos escravizados.  

Os negros eram retirados à força de suas comunidades na África pelos colonizadores, como verdadeiros ''produtos'' e moeda de troca em negociações diversas. O grupo de interesse eram homens de 8 a 25 anos, que ficavam separados das mulheres na embarcação, em uma viagem precária. Os navios negreiros contavam com péssima estrutura, com todos amontoados e amarrados pelos pés. Isso sem contar a falta de higiene e o pouco acesso à alimentação, o que acarretava no aparecimento de diversas doenças. Aqueles que sobreviviam chegavam debilitados, cegos ou doentes e, mesmo assim, tinham pouco tempo para se recuperar antes de começarem o trabalho.  

Chegando em terras brasileiras, eram divididos em grupos e separados. As tarefas eram forçadas e aqueles que resistiam eram cruelmente castigados. Com o tempo, muitos acabavam aceitando as condições, enquanto outros tentavam lutar contra o sistema. Muitos filmes, novelas e séries fazem uma abordagem completa desse período. A Rede Globo, por exemplo, já produziu tramas em que esse foi o tema principal, como Sinhá Moça (2006), Lado a Lado (2012), entre outras. Além disso, outras produções também são importantes nesse contexto, bem como livros, artigos de especialistas e cursos online com certificado que ajudam a relembrar detalhes dessa era lastimável que só acabou com a assinatura da famosa Lei Áurea. 

O Curso Online História da África, por exemplo, aborda todo o contexto da escravidão e as principais peculiaridades desse continente, do passado até os tempos atuais. É um dos cursos à distância ideais para compreender a cultura africana e complementar o estudo de todos os interessados a aprender rapidamente sobre o assunto. A vantagem dos cursos EAD é qualificar de modo eficiente e competente. Você pode investir nessa opção sem precisar sair de casa, estudando no tempo livre e quando achar conveniente.  

A libertação dos escravos modificou a condição dos negros no Brasil?

Pensar na promulgação da Lei Áurea, que garante a Abolição da Escravatura, feita pela Princesa Isabel em 1888, nos leva a muitas reflexões. A primeira é que o Brasil foi o último país a libertar os escravos e só fez por pressão internacional e depois de inúmeras manifestações. Antes disso, em 1870, filhos de negros já nasciam independentes; enquanto a partir de 1885 aqueles que completavam 60 anos (casos raros) também podiam viver livremente graças à Lei dos Sexagenários. Assim, tornou-se quase obrigatório pensar em um decreto para dar fim à exploração geral e garantir o cumprimento dos direitos humanos para os negros.  

Só que, conforme indicam muitos críticos, um problema maior se criou. É claro que o movimento abolicionista deve ser considerado sempre um marco, porém, mostrou a fragilidade da política pública e assistência social do país, elevando ainda mais o pensamento racista de grande parte da população que se julgava ‘’melhor’’ por ser branca. A marginalização dos negros, obviamente, foi crescente, já que não houve estrutura para pensar em um processo de socialização e igualdade como temos buscado atualmente. O trabalho para os ‘’senhores’’, embora ‘’legalizado’’ e com a devida recompensa (não era mais por obrigação) mantinha as mesmas condutas exploratórias, com poucos direitos conquistados realmente.  

“Mesmo para aqueles que se tornavam formalmente livres, seu universo de expectativas e direitos era muito desigual quando comparado a outros setores da população”, revela a historiadora Marília Ariza, da Universidade de São Paulo (USP). Isso se acentuava pelo fato de começarem a se amontoar nas áreas periféricas (formação das primeiras favelas, sobretudo no Rio de Janeiro), serem alvo de racismo, tratamento diferenciado e impedidos de frequentarem determinadas escolas, lojas e outros ambientes.

Somente com o tempo, com a verdadeira consciência da cultura negra e sua importância para a formação do Brasil, bem como a luta de personalidades, organizações e órgãos, foi que começou o processo de reflexão sobre igualdade racial. Embora tardia – somente a partir dos anos 90, para se ter ideia - essa necessidade serviu para mudar muitos cenários, mas que ainda precisam de muita discussão. Mais do que admirar e viver aspectos da cultura afro-brasileira hoje em dia, é preciso pensar: a igualdade existe mesmo? 


Igualdade Racial x Racismo: o que mudou? 

Antes de começar a falar de igualdade racial, que também é uma pauta primordial na cultura afrodescendente e sua influência em nossa vida, é preciso deixar claro que, segundo dados do IBGE revelados pelo UOL, atualmente 54% da população brasileira se declara negra e parda. Acompanhando esses dados, em 2014 mais de 70% dos mais pobres estavam nesse grupo, fato que não deve ter se alterado até hoje.   

Esse contexto serve para concluir que a desigualdade social e racial ainda é forte por aqui. Não precisa ir longe, é só observar quantos negros têm posição de destaque em altos cargos ou fazem parte da camada mais rica do Brasil. São poucos os que estão na política, na TV, nas universidades, nas grandes empresas… É uma realidade e todo mundo sabe. Isso sem contar que o racismo ainda é muito presente em todos os ambientes, bem como a alta mortalidade, sobretudo de jovens.

De acordo com dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, revelados pelo jornal Folha de São Paulo, os negros e pardos representaram 77% dos mortos pela polícia deste estado em 2015; sendo 77 mil jovens em todo o país, segundo o Ministério da Justiça e Cidadania. É um número maior do que em regiões de guerra, para se ter ideia (e se revoltar também). 

Infelizmente, são dados que não dá para contestar, visto a realidade do negro no Brasil hoje em dia. Embora a cultura africana seja celebrada por muitas pessoas, o racismo velado ainda é um mal que causa muitas cicatrizes. Diversos indivíduos acreditam que não são racistas e o preconceito não existe. Mas, segundo Ronaldo Barros, secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência, ‘’O racismo mata. O preconceito racial é algo que já é concebido e estigmatizado. Ele está na construção mental do brasileiro. As pessoas operam o racismo antes de qualquer reflexão’’. 

Tanto por isso, o que se vê é uma forte onda de protestos de diversos lados para que esse parâmetro acabe cessando, começando pelo governo federal, que fez valer algumas leis necessárias:  

- A Lei 10.639, que torna obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira e a importância do negro na sociedade em todas as escolas, além do Dia da Consciência Negra.

- A Lei 12.288, com a instituição do Estatuto da Igualdade Social, ‘’destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica’’.

- A Lei 12.71, conhecida como Lei de Cotas, que garante 50% das vagas em todos os cursos nas universidades federais de ensino superior a estudantes negros.

Além disso, há uma diversidade de projetos de organizações, como a Educafro, programa de bolsas de estudo para jovens negros em faculdades e diversas instituições brasileiras, que conta também com propostas de militância e empoderamento desse grupo no país, promovendo debates necessários a todos. Já outras vias de se engajar nessa pauta é fazer cursos online para isso, como o Curso Online Cultura Afro-Brasileira, que destaca diversos pontos essenciais sobre esse tema. Esse e muitos cursos EAD são recomendados para mostrar dados de forma direta, eficiente e democrática para todos os interessados.

O Dia da Consciência Negra

Fechando a pauta fundamental quando se trata de cultura afrodescendente, não podemos deixar de falar do Dia da Consciência Negra, que acontece dia 20 de novembro e deve ser visto mais do que um mero feriado. Essa data foi promulgada justamente para relembrar que ainda há muito o que fazer para que o Brasil tenha uma igualdade racial plena e na prática, além dos discursos teóricos que ficam só no papel.

Reconhecer e mudar vários cenários, sobretudo quando falamos de racismo, é algo comum a todos os cidadãos, e a educação aliada à informação é o passo principal para isso. Hoje em dia, além de um vasto material acessível, temos muitas palestras, campanhas, cursos online com certificado, programas e debates que visam essa consciência. Muitos artistas também contribuem para a discussão, seja na música, televisão, cinema, entre outros meios. Embora ainda haja muito retrocesso, podemos ver casos inspiradores e que realmente trazem ótimos resultados.


A cultura afro-brasileira e sua influência em diversos costumes, meios e ambientes

Já explanamos tudo o que diz respeito à consciência negra e o quanto ainda devemos lutar para fazer valer essa tal da igualdade que, mais do que nunca, deve ser ‘’real’’. Agora, é importante destacar também a parte boa, aquela que está em nossa formação, enraizada em nossos costumes. Com a maioria da população sendo negra, é claro que muitas das influências que temos hoje vem deles. Algumas você já conhece, outras pode até surpreender!

A baiana do acarajé e a capoeira, símbolos máximos da cultura afro-brasileira

É bom começar logo com o que mais destaca a cultura africana por aqui, os símbolos máximos desse valor para o país. Você sabia que a figura popular da baiana do acarajé é considerada Patrimônio Cultural do Brasil? Pois é. A história por trás das mulheres que são reconhecidas por suas vestimentas brancas para vender esses pratos populares levou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a realizar essa proclamação em 2005. Além disso, o acarajé é Patrimônio Cultural de Salvador, capital da Bahia.

Já a capoeira vai além. Essa prática, ícone da luta negra contra os abusos dos brancos, chegou a ser considerada subversiva e foi proibida oficialmente por mais de 50 anos, mesmo após o fim da escravidão. Mas, com o tempo e graças às manifestações que visam reconhecer os maiores destaques da cultura afro-brasileira, a capoeira não só se tornou ‘’legal’’ como foi declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2014.

Esse título serviu para mostrar às gerações mais novas os verdadeiros méritos da capoeira que, assim como qualquer ato educativo, visa o aprendizado de valores nobres que muitos jovens levam para suas vidas. Não é à toa que muitas escolas a incluem nas atividades complementares e de lazer, sobretudo na Educação Infantil, para que os alunos interessados conheçam e tenham noção do peso que a cultura negra tem desde os primórdios do país.

O que muitos professores têm feito é instigar esse pensamento por meio de técnicas que chamam atenção, unindo o útil ao agradável para ensinar capoeira e informar ao mesmo tempo. É uma ideia interessante para os educadores e gestores de qualquer escola. No Curso Online Cultura Afro-Brasileira, há muitas metodologias para seguir, descritas passo a passo. É um dos cursos EAD de excelência que qualificam rapidamente e deixam os interessados com uma ótima bagagem cultural, pronta para ser compartilhada!

Culinária afro-brasileira

A culinária é mais uma área que inspira sempre quando pensamos na influência dos negros em nossos costumes. Começamos o artigo falando da famosa feijoada, que não falta nos restaurantes, bares e em muitas residências brasileiras. Embora hajam controvérsias de seu verdadeiro surgimento, é imprescindível destacar que, no Brasil, ela só se popularizou e alcançou o status que tem graças à cultura negra.

Mas também não é apenas de feijoada que se faz a culinária afro-brasileira. Ainda tem o acarajé (que também já citamos), vatapá, quibebe, cuscuz, abará, angu, canjica, pamonha, mingau e pirão, muitos deles conhecidos por seu tempero forte, como o tradicional azeite de dendê, que sempre deu um sabor especial para diversos pratos.

Música e danças afro-brasileiras

Não dá para negar que o povo africano sempre foi admirado pela alegria e entusiasmo mesmo com as adversidades. Em seus raros momentos de lazer (sobretudo pela noite), eles se reuniam nas senzalas para dançar e cantar, com diversas manifestações que depois se tornaram comuns em todo o país.

Falar da música e dança da cultura afrodescendente é lembrar sempre do samba, um dos ritmos mais abrangentes por aqui e que é ‘’a cara do Brasil’’. Mas dá para ir além e citar outras expressões de raízes (comuns em grande parte do Nordeste), como o maracatu, coco, carimbo, maxixe, maculelê, jongo, entre outras.

Com o tempo e o empoderamento negro com mais evidência, muitos estilos também serviram para encabeçar os protestos dos abusos e racismo que ainda assolam grande parte do povo negro menos favorecido. O rap nacional, por exemplo, tem papel importante quando se fala de música afro atual. Muitos grupos e artistas têm destaque e chamam atenção dos mais jovens para retratarem temas comuns da sociedade, como política ou a desigualdade que ainda é muito presente no país.

Entender que essas manifestações artísticas podem levar muitos alunos ao pensamento crítico é interessante e agrega durante um debate sobre a influência da cultura afro-brasileira na nossa vida. Essa é uma ferramenta fundamental que incrementa uma aula e gera muitos questionamentos, ideal para que muitos professores trabalhem na escola. A ideia é juntar o máximo de material possível para entender e passar esse raciocínio aos alunos.

Que tal investir em cursos a distância que certificam rapidamente e contam com diversos dados completos e atualizados? A vantagem dos cursos online é que você pode se informar a hora que quiser, seja na própria escola ou em casa. Assim, terá muito o que abordar nas aulas de cultura negra e levará muitas pessoas a pensarem nesse assunto.

Os certificados do Foco Educação Profissional podem ser usados para:


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Religião afrodescendente

Embora sejam manifestações inspiradoras e que ganharam milhões de adeptos com o tempo, várias religiões afrodescendentes ainda sofrem com o preconceito. O que se vê é a falta de conhecimento e informação de muitas pessoas ao taxarem os rituais com termos chulos e por vezes agressivos, parte de uma intolerância religiosa.

O Candomblé, uma das mais conhecidas, provém da África e tem grande destaque desde o período colonial brasileiro, quando os negros eram proibidos de realizarem seus rituais e obrigados a se converterem aos preceitos da bíblia da Igreja Católica. Mas, mesmo assim, muitas pessoas mantiveram o culto às divindades africanas de modo disfarçado, por meio do conhecido sincretismo religioso, usando imagens de santos católicos para representação de seus protetores.

Com o tempo, esse processo foi se transformando e levou ao surgimento de novas manifestações, como a Umbanda, que tem forte ligação com o espiritismo kardecista e catolicismo, sem deixar de lado características do Candomblé. Atualmente, é uma das mais populares por aqui, com diversos centros espalhados por muitas cidades brasileiras.

Embora essas sejam as religiões mais conhecidas da cultura afro-brasileira, é importante destacar outras crenças, como a quimbanda, cabula, encantaria, pajelança, xambá, batuque, omoloko e outras. Esse tópico rende muitas histórias e um longo estudo, que também é abordado no Curso Online Histórias das Religiões, um dos cursos online com certificado mais completos quando se trata da influência de diversas doutrinas para a formação não só do Brasil, mas de todo o mundo.

O que podemos (e devemos) aprender com a cultura afro-brasileira?

Não há o que provar quando se trata do alcance que a cultura afrodescendente tem em nossa vida. Grande parte de nossos hábitos e costumes provêm dos negros desde a chegada dos primeiros povos africanos nessa terra. Então, por que não aprender e reconhecer todos esses valores?

Mais do que viver e gozar da parte ‘’boa’’ da cultura africana, como se jogar em um samba ou uma roda de capoeira, é preciso refletir e pensar em termos que garantam a dignidade e o espaço que eles merecem, lutando para acabar com a desigualdade e com casos torpes de racismo. Não adianta querer ‘’tapar o sol com a peneira’’ e fingir que eles não existem, sendo que vemos vários fatos revoltantes dia a dia.

A proposta deste artigo foi informar e revelar todos os aspectos da cultura afro-brasileira e porque ela precisa ser ensinada desde cedo nas escolas e em qualquer ambiente. Conscientizar as crianças é o primeiro passo e ajuda a construir uma sociedade mais justa e igualitária. Tanto os professores quanto demais educadores e pessoas que pretendem se especializar nessa área podem contar com mais recursos, que explanam pontos primordiais.

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