‘’Quando um texto fala sobre ‘o homem’, refere-se a todos os gêneros em si, e não apenas ao masculino’’. Com certeza, essa foi a orientação que você recebeu de seu professor na escola, logo na educação infantil. Agora, pare e pense: ela merece ou não ser questionada, sendo que não só do homem (masculino) se faz a sociedade? Muita gente tem feito isso e levantado uma polêmica que leva a muita conversa: o uso do artigo neutro, linguagem e gênero.
Esse assunto está mais atual do que nunca. A discussão percorre muitos locais e diferentes contextos, esquentando a cada nova pauta e notícia a respeito de seu uso, valores, problemas e consequências, sobretudo quando se trata da língua portuguesa e gramática, temas que você pode aprender em muitos cursos online do Foco Educação Profissional.
Neste artigo, vamos falar um pouco desses termos e citar alguns materiais interessantes e que podem ajudar na sua compreensão, sobretudo a respeito da língua portuguesa e seu padrão culto. Afinal, do que se tratam esses conceitos? É possível modificar a língua assim, sem maiores problemas? Acompanhe o artigo e a partir das informações, você pode entender o que é gênero, linguagem inclusiva e tudo que permeia essas pautas.
O que é esse tal de artigo neutro?
Você já deve ter visto alguma publicação ou mensagem em que pessoas/instituições/empresas trocam os tradicionais artigos ‘’a’’ e ‘’o’’ pelas letras ‘’x’’ ou o símbolo ‘’@’’. Em vez de escrever, ‘’queridos’’ ou ‘’queridas’’, usa-se ‘’queridxs’’ ou querid@s’’. Esses termos ainda causam muito estranhamento e muita gente não entende bem porque estão substituindo o padrão de linguagem.
Esse é o tal do artigo neutro, que tem como objetivo desfazer as "marcas de gênero" e promover uma linguagem inclusiva, sem feminino e masculino. Assim, um gênero não se destaca mais que o outro, como sempre aconteceu e está descrito em praticamente todos os materiais (livros, periódicos, pesquisas, estudos), que usam sempre ''ele'', ''o homem'', entre outros termos similares como geral.
A ideia, nesse caso é pensar em um coletivo, considerando realmente o termo da legislação em que ‘’todos são iguais perante a lei’’ e devem ser tratados como acham conveniente. Logo, numa tentativa vista como ''crítica ao padrão de gênero estabelecido'', tem sido cada vez mais comum usar ‘’x’’ e ‘’@’’ em substituição ao ‘’o’’ e ‘’a’’. É para levar mesmo a sério o caráter assexuado da linguagem, que, segundo os defensores, sempre ‘’beneficiou’’ o masculino.
Por que algumas pessoas defendem o uso do artigo neutro?
O uso do artigo neutro tem muito a ver com a representatividade. Primeiro, foi com as mulheres, pedindo o abandono dessa linguagem definida por algumas delas como "sexista". Depois, com aquelas pessoas que podem se identificar por um gênero que não necessariamente é o seu biológico.
Segundo um texto de Ana Maria Coling, doutora em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (MS), o artigo neutro não irá acabar de vez com a desqualificação de um gênero para outro, mas é suficiente para promover a igualdade que tanto se busca. Mesmo que as pessoas possam se sentir ofendidas, vale lembrar que isso já acontece, mas é polêmico justamente por tratar de grupos socialmente ainda mal vistos, ao contrário do que acontece com os homens.
"Se a linguagem reproduz os preconceitos de gênero, a hierarquização com a desqualificação de um dos pares, procurar alternativas para ela gera desconforto e estranhamento. [Mas] O masculino neutro ou o masculino genérico tem causado muito mais desconforto ao longo da história. Saber que existe um eu e que existe um outro, que pode ser de gênero diferente do meu, já é um primeiro passo’’.
Concordante ou discordante a respeito do assunto, você já deve ter algumas convicções sobre o tema. Bom, antes de prosseguir e mostrar o outro lado da história, ou seja, os desafios da linguagem inclusiva de gênero e porque muitas pessoas não defendem seu uso, vale dar uma dica legal de cursos online para você fazer e aprender mais sobre Linguagem: O Curso Online Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa, um dos cursos EAD perfeitos para saber mais sobre sua aplicação, métodos e recursos; e o Curso Online Nova Gramática Brasileira, uma opção de cursos à distância que mostra passo a passo o que mudou com essa decisão de unificar diversos termos de nossa língua.
Problemas e críticas no uso do artigo neutro
Começamos abordando os aspectos principais do artigo neutro e sua relação com a ideologia e identidade de gênero, além de indicar alguns cursos online com certificado que você aprender mais sobre a Língua Portuguesa em si e ficar por dentro do assunto. Agora, é interessante ponderar o porquê da neutralidade não ser recomendada por muitos indivíduos e como ela é prejudicial para a norma padrão de nossa língua. Entenda o porquê:
Atrapalha no processo de alfabetização
Mudanças são necessárias, mas, de qualquer forma, não dá para modificar algo totalmente estruturado assim, do nada, sem pensar em consequências gerais. Essa é uma das principais críticas e problemáticas do uso do ''x'' e da ''@'' no lugar dos artigos convencionais.
A grande questão quando se trata da linguagem inclusiva de gênero é quanto à alfabetização, fato que pode atrapalhar esse processo quando se trata de ensinar pessoas leigas a ler e escrever. Abrir mão do padrão culto de linguagem dificulta ainda mais a assimilação do conteúdo, sobretudo no reconhecimento de letras e números. Se a pessoa não entende o básico, imagine algo novo e que não é comum da língua portuguesa como conhecemos? Querendo ou não, é uma mudança drástica e que interfere bastante nessa estrutura.
Para quem já tem uma formação e pode entender todos esses conceitos, é simples e dá até para discutir com base em informações, protestos e campanhas de empoderamento. Mas, para uma pessoa analfabeta, a realidade é outra. A compreensão não é tão prática assim, muito pelo contrário. Seu objetivo principal é entender a língua como é, no uso padronizado. Só depois, com o tempo, ela pode exercer movimentos que visem o pensamento crítico e essa inclusão, processo que não acontecerá de uma hora para outra. Fora que, analisando nosso país, o grupo de analfabetos é grande, tanto os que não sabem ler e escrever quanto aqueles que não têm capacidade de interpretação.
Nessa linha, uma ideia bacana que ajuda a dominar esse aspecto e entender o quanto é desafiador alfabetizar pessoas leigas, é conhecer o Curso Online Alfabetização e Letramento, um dos cursos online com certificado que trata todos os aspectos dessa pauta, tanto para professores quanto demais interessados. Pode ter certeza que não é algo básico como parece, e o uso de um novo artigo pode ser ruim nesse aspecto.
É um problema para quem é cego ou disléxico
Essa é uma das máximas que influenciam no uso do artigo neutro como padrão na nossa língua. Outro argumento de quem não defende essa mudança em vias oficiais é que, enquanto há a inclusão de um grupo, exclui-se outro, no caso, cegos e disléxicos. Mas, por quê?
Bom, a educação inclusiva dos deficientes visuais depende do Sistema Braille, que considera termos e códigos de programas que usam a linguagem raiz. Com o uso de novos caracteres ao invés de ‘’a’’ ou ‘’o’’, fica mais difícil essa decodificação, prejudicando tanto o aprendizado quanto a acessibilidade dos cegos.
Já para quem tem dislexia, é natural a dificuldade em associar símbolos e letras ao som que representam, o que influencia na leitura e na escrita, tornando-se ainda mais desafiador aprender com a presença de um artigo neutro que ainda não está padronizado e pode interferir no entendimento de muitas matérias. Logo, não adianta pensar apenas em ''mudar e pronto'', é preciso entender caso a caso, para que a sociedade possa caminhar junta nesse debate que, para esse grupo, não é benéfico.
Nessas situações, alguns cursos EAD do nosso portal também servem como suporte para esclarecer tudo a respeito: o Curso Online Sistema Braille, que aborda toda essa forma de comunicação para cegos; e o Curso Online Dislexia, um guia completo com um panorama geral desse transtorno, que define passo a passo e é considerado um dos melhores cursos online com certificado que você pode estudar para se informar sobre essa pauta.
Não dá para considerar um parâmetro, por exemplo, se for usá-lo em uma carta que usa redação oficial ou simplesmente em uma prova de concurso público, corre o risco de receber graves punições por isso. Ou seja, para sua totalidade, o artigo neutro ainda precisa de oficialização e informatização para ser, quem sabe, padrão a todos, indo além de uma questão ainda vista como política para muitos.
De qualquer forma, essa discussão está em alta e ainda será muito latente em diversos contextos e todas as áreas, da educação ao direito, da saúde à assistência social. Tanto por isso, estar atualizado nessas áreas, ainda mais para os profissionais, é uma ótima opção. Nada melhor que ter bons argumentos e informação para defender seu ponto de vista, não é? É por isso que indicamos os cursos à distância do nosso portal, essenciais para esse objetivo e ótimos para dar um up na formação e carreira.
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E você, o que acha disso tudo? Vale a pena refletir!
Agora, é com você. Já apresentamos alguns dados interessantes e os dois lados da moeda quando se trata de linguagem, o que é gênero e uso do artigo neutro. Resta agora se informar, refletir e pensar bem a respeito desse tema e qual seu papel na sociedade. Será que é realmente inclusivo e necessário? Como será a mudança, caso aconteça em linhas oficiais? Nosso papel, nesse caso, é oferecer opções para que você se informe a respeito da língua e, com seu conhecimento, possa ter uma opinião para falar sobre o tema, independente se é contra ou a favor do uso do artigo neutro.
Como já dissemos, para ficar sempre por dentro de diversas áreas, você pode contar com os cursos EAD do Foco Educação Profissional. São mais de 700 cursos online incríveis e excelentes indicados para especialização em variados setores, comprovados por mais de 140 mil alunos. Você investe um valor único de 12 parcelas de R$19,90 (com 10% de desconto para pagamento à vista) e tem acesso por um ano, escolhendo a melhor carga horária para seus estudos, de 5 a 420 horas.
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