O que fazer quando o planeta pede socorro? Hoje sabemos que é preciso um esforço conjunto de governos, empresas e sociedade, mas no primeiro encontro oficial de chefes de estado, em 1972, para discutir o meio ambiente, as coisas foram um pouco diferentes.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, ou Conferência de Estocolmo, foi o marco inaugural das tentativas de busca do equilíbrio entre o desenvolvimento e crescimento econômico e a redução da degradação do meio ambiente, que vinte anos mais tarde se transformou no conceito de desenvolvimento sustentável.
No entanto, esse primeiro encontro foi bastante controverso. Houve um embate entre os países desenvolvidos, que defenderam que o ritmo de industrialização fosse reduzido, e os países em desenvolvimento, que se recusaram a assumir qualquer compromisso que significasse limitar o seu crescimento econômico e capacidade de enriquecer.
O embate entre os que defendiam o "desenvolvimento zero" e os que defendiam o "desenvolvimento a qualquer custo" acabou sem que se conseguisse estabelecer metas concretas, pois as propostas apresentadas foram todas contestadas pelos países mais pobres. Apesar disso, o encontro resultou na elaboração do primeiro documento a reconhecer o direito da humanidade a um meio ambiente de qualidade, a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (CNUMA).
Mas o grande marco foi, na verdade, inserir a problemática do meio ambiente e sustentabilidade (ou a falta de) e alertar o mundo para os problemas da intensa exploração dos recursos naturais e da poluição atmosférica.
Desenvolvimento sustentável: a criação do conceito
Em 1992, o Brasil sediou a segunda conferência sobre o meio ambiente, conhecida como Eco-92. Essa reuniu maciçamente chefes de estado e dela saíram importantes direcionamentos. A sustentabilidade ambiental ganhou um contexto mais amplo: o desenvolvimento sustentável.
Também conhecida como "Cúpula da Terra", a Eco-92 foi além da deterioração do meio ambiente, abordou problemas sociais como agravamento da pobreza, da fome, do analfabetismo, entre outros.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi adotado exatamente por isso, para que as nações se unissem e formassem uma força global para minimizar os impactos ambientais, mas manter o desenvolvimento e proporcionar qualidade de vida aos cidadãos, principalmente garantir a satisfação das necessidades básicas a todos.
Esse encontro resultou na Agenda 21, um dos temas no Curso Online Desenvolvimento Sustentável do portal Foco Educação Profissional e tópico deste artigo.
Vamos saber mais? Veremos também a Agenda 30 das Nações Unidas e temas como mobilidade sustentável, fontes alternativas e eficiência energética e o uso racional de recursos.
Há bastante tema para debate nesse que é um dos melhores cursos online com certificado do portal e que pode lhe preparar eficientemente para seus estudos e para o mercado de trabalho – tenha sempre em mente que educação ambiental e sustentabilidade são temas essenciais para a formação de qualquer profissional. Continue conosco e tenha uma boa leitura.
A Agenda 21 Global e Local
A Agenda 21 é um programa de ações a nível global que teve a contribuição de governos e instituições da sociedade civil de 179 países. Citada como uma atitude ousada, foi atribuída a ela a função de promover um novo padrão de desenvolvimento, que unisse eficiência econômica, proteção ambiental e justiça social.
A partir dessa versão global, cada país assumiu o compromisso de elaborar a sua própria Agenda 21 e implementá-la.
No Brasil a construção da Agenda 21 Local teve início em 1997. Sob a coordenação da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e por meio de um planejamento participativo foram moldadas, a princípio, as ações em três frentes de trabalho:
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Diagnóstico sobre a realidade do país;
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Estruturação dos temas considerados prioritários, que somaram seis no total:
a) Redução das desigualdades sociais;
b) Gestão dos recursos naturais;
c) Cidades sustentáveis;
e) Ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável;
f) Infraestrutura e integração regional.
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Estratégias e formas de implementação.
Foram 5 anos de trabalho até que se concluísse a Agenda 21 voltada ao desenvolvimento sustentável no Brasil, trabalho finalizado em 2002. A partir de 2003 passou a ser implementada e também passou à condição de Programa do Plano Plurianual.
Esse tema é de extrema importância para promover a educação ambiental e sustentabilidade sob os vários aspectos – sociais, econômicos e, é claro, ambientais. Parte importante de um de nossos cursos online mais buscados, essa pauta também é frequentemente abordada em questões de concursos públicos.
Quer saber mais sobre a Agenda 21? Nosso Curso Online Desenvolvimento Sustentável aprofunda no assunto, assim como em relação à Agenda 2030, nosso próximo tópico.
A Agenda 2030
O ano de 2015 foi marcado por outro grande acontecimento envolvendo meio ambiente e sustentabilidade, assim como muitas outras interfaces que dão corpo ao que denominamos "desenvolvimento sustentável".
Em agosto de 2015 foram concluídas as negociações da Agenda 2030, um ambicioso documento que traz como proposta 17 objetivos, chamados de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS têm desdobramentos, representados por 169 metas. Essas metas são as diretrizes da Agenda 2030, que leva esse nome justamente por ser o ano de 2030 o limite para a sua implementação.
São grandes desafios para promover o desenvolvimento sustentável no Brasil e mundo, e como diz o documento, a Agenda 2030 "é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade", ou seja, todos serão beneficiados.
É um grande passo em direção à busca pela sustentabilidade ambiental, social e econômica, um marco na história global. Cabe frisar a importância de passar esses conhecimentos e envolver o maior número de pessoas possíveis, principalmente os jovens. Promover a educação ambiental e sustentabilidade deve ser visto como algo inerente à formação das novas gerações.
Dessa forma, educadores têm papel essencial nesse processo, o que faz do nosso Curso Online Desenvolvimento Sustentável uma excelente ferramenta não somente para quem estuda ou atua em áreas administrativas, mas também para quem ajuda a formar cidadãos.
Vamos conhecer os eixos da Agenda 2030? São 17, como já dissemos, e vão muito além de sustentabilidade ambiental. Na verdade, a sustentabilidade é tratada em sua versão mais ampla, abrangendo aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos.
Esses eixos, 17 objetivos para transformar nosso mundo, segundo as Nações Unidas, são os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). Veja quais são:
ODS1 - Erradicação da Pobreza
ODS2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável
ODS3 - Saúde e Bem-estar
ODS4 - Educação de Qualidade
ODS5 - Igualdade de Gênero
ODS6 - Água Potável e Saneamento
ODS7 - Energia Limpa e Acessível
ODS8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico
ODS9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura
ODS10 - Redução das Desigualdades
ODS11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis
ODS12 - Consumo e Produção Responsáveis
ODS13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima
ODS14 - Vida na Água
ODS15 - Vida Terrestre
ODS16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes
ODS17 - Parceiras e Meios de Implementação
Cada objetivo desses, juntamente com suas metas, dará propulsão às ações nos próximos nos, até 2030, em áreas que têm importância crucial para o planeta, a humanidade e são essenciais para promover o desenvolvimento sustentável.
Na sequência vamos ver pautas relativas ao uso de fontes alternativas, mobilidade sustentável e o uso racional de nossos recursos naturais.
O uso de fontes alternativas e a eficiência energética
Não há como falar em meio ambiente e sustentabilidade e não falar em eficiência energética. Trata-se do uso racional de energia. O termo se refere a todas as formas encontradas de usá-la de forma eficiente, por exemplo: trocar as lâmpadas comuns por lâmpadas LED ou fluorescentes, que reduzem o consumo.
O uso de fontes alternativas é uma das soluções encontradas para a eficiência energética. Energias renováveis podem ser utilizadas para reduzir o consumo de combustíveis fósseis, como painéis solares na cobertura de edifícios, por exemplo.
Aliás, energias renováveis e eficiência energética são os dois pilares da política energética sustentável.
No entanto, há que se ter uma coisa bem clara: a eficiência energética está relacionada do consumo de energia e não somente à fonte que a gera. Não adianta, por exemplo, ter para o banho água aquecida por painéis solares e dobrar o tempo que fica no chuveiro.
Neste tópico sobre fontes alternativas de energia, temos uma coisa boa para lhe contar. Você sabia que o Brasil alcançou a 8ª posição mundial em maior capacidade de energia eólica? Pois é, superou o Canadá e subiu no ranking.
A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) publicou em seu site que o Brasil vem galgando posições desde 2015, entrou no ranking em 10º e desde então tem subido uma posição por ano.
Há outras notícias importantes sobre sustentabilidade ambiental, com relação a fontes alternativas de energia. Os estados brasileiros do Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro são pioneiros em usinas com a utilização de gás natural. Criadas com tecnologia de última geração, as usinas ajudam a diminuir a emissão de gases que geram o efeito estufa.
A energia solar também é destaque: segundo o relatório "Tendências globais no investimento em energias renováveis 2018", publicado pela ONU Meio Ambiente, o setor de energia solar se superou e dominou como nunca visto antes a nova capacidade de gerar energia em 2017.
A Itaipu Binacional, por exemplo, é a maior produtora mundial de energia limpa e renovável. Além disso, trabalha em cima dos 17 ODS para ajudar a promover o desenvolvimento sustentável no Brasil.
Além disso, fontes alternativas de energia é um setor que atrai investimentos globais e gera empregos bem remunerados – e energia limpa, o que é fantástico, pois significa menos poluição e cuidado com nossos recursos naturais.
A mobilidade sustentável no século 21
A mobilidade urbana desafia as políticas urbanas e ambientais em todo o mundo. Os automóveis, que surgiram como uma solução eficiente no século 20, estão na lista dos vilões que causam poluição e outros problemas ambientais. Por causa do aumento significativo de carros nas ruas (estima-se que 400% nos últimos 10 anos) o trânsito se tornou um caos em muitos lugares.
Além disso, há o problema da utilização de combustíveis fósseis, poluição, inclusive a sonora, ocupação do espaço público e muitos outros. Algumas ações já foram encampadas, como os sistemas de bicicletas públicas e ônibus "limpos" (ou híbridos, que alternam o uso de motores a diesel e elétricos).
A mobilidade urbana sustentável também abrange o cuidado com as ruas e calçadas, uma vez que há que se pensar no pedestre e em pessoas com deficiências visuais ou que utilizam cadeira de rodas.
Temos um exemplo aqui no Brasil, em Fortaleza, de uma rede de compartilhamento de carros elétricos, como forma de promover a mobilidade sustentável. Os carros são 100% elétricos, forma de evitar a emissão de poluentes na atmosfera.
Na Alemanha foi criada uma "superciclovia" somente para ciclistas, que liga regiões de tráfego bem intenso e áreas industriais, ou seja, como bastante movimento de trabalhadores. Foi uma forma encontrada de aliviar o tráfego local e promover uma mobilidade mais sustentável.
A mobilidade sustentável no Brasil é prevista pela Lei 12.587/12, sob a ótica de cidades mais sustentáveis. A lei contém princípios, objetivos e diretrizes para o processo de transição, como:
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Prioridade dos meios de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;
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Alívio dos custos sociais, econômicos e ambientais dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;
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Incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico, assim como ao uso de energias renováveis e menos poluentes; entre outros.
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Não há desenvolvimento sustentável sem o uso consciente dos recursos
Nos atuais padrões de consumo, seja para produção de bens seja para o uso diário, vivemos a cultura do desperdício - de alimentos, água etc. A própria economia brasileira se fundamenta no elevado nível de desperdício de recursos energéticos e naturais.
Muito tem se falado em educação ambiental ao longo dos últimos anos, e, ao contrário do que se pensa, não era um modismo e sim, algo para toda a vida. Não há como fechar os olhos a isso. A crise da água é um exemplo claro, não precisamos nem pensar muito à frente, pois é algo que já acontece agora.
Portanto, cada um deve sim, fazer a sua parte. Começar com o princípio dos 3Rs pode ser uma boa ideia. Reduzir, reutilizar e reciclar: consumir menos; usar novamente o que pode ser reaproveitado e transformar materiais em matéria-prima para outros produtos. E o mais importante: propagar a ideia e engajar pessoas, seja por meio da educação seja pelo próprio ativismo.
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