A agricultura e pecuária, atividades primárias da economia, movimentam bilhões todos os anos, sendo um dos setores que se mantém firme mesmo durante a crise, uma vez que alimentos são itens de primeira necessidade. O agronegócio coloca o Brasil como um dos maiores exportadores mundiais de commodities. Esse cenário mostra que o desenvolvimento rural vai de “vento em popa”.
Acontece que o desenvolvimento agrário e pecuário custou um preço bem alto ao meio ambiente no Brasil e no mundo todo. Desmatamento, queimadas, esgotamento de recursos naturais – o crescimento desenfreado e desordenado de áreas para cultivo e criação causaram muitos danos, e passou a ser preciso reverter esse quadro ou, pelo menos, não permitir que avançasse.
Surge então, como meio de promover o desenvolvimento rural sustentável, a agroecologia – a agricultura sob a perspectiva da ecologia. Muitos estudos passaram a ser desenvolvidos, assim como meios de qualificar os interessados e profissionais da área. Um curso de agroecologia – livre, técnico ou de graduação – começou a figurar como item essencial para passar todo o conhecimento sobre esse campo de atuação.
A agroecologia é também tema de um curso online do portal Foco Educação Profissional. Dividido em módulos, o Curso Online Agroecologia traz desde a definição sobre o que é agricultura orgânica – sistema agrícola de práticas ecologicamente corretas – e seus fundamentos até mecanização agrícola e legislação sobre produtos orgânicos.
Esses assuntos, entre outros, serão tratados neste artigo, assim como dicas de cursos a distância relacionados. Além de conhecer mais a respeito da produção orgânica e sustentável, você também entenderá como cursos online com certificado podem ser importantes em seu currículo e quais benefícios eles proporcionam.
7 tópicos do curso de agroecologia
1. O que é agricultura orgânica
A agricultura orgânica é um sistema de exploração agrícola que conta com o uso de tecnologias alternativas para tirar o máximo de proveito dos recursos naturais. Esse sistema privilegia a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas. Para isso, a fim de atender a demanda por produtos saudáveis faz a utilização de práticas ecologicamente corretas.
Princípios da agricultura orgânica
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Exclusão do uso de fertilizantes, reguladores de crescimento, agrotóxicos ou aditivos;
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Enriquecimento do solo com micro-organismos e matéria orgânica;
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Reciclagem dos recursos naturais.
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Agricultura orgânica x agroecologia
A agroecologia se dedica ao estudo das relações do homem com a natureza, com o foco na sustentabilidade econômica, cultural social, ética, política e ecológica. A sua proposta é estabelecer uma contraposição ao agronegócio. As práticas da agroecologia são baseadas na mão de obra familiar, nas pequenas propriedades, em sistemas produtivos complexos e diversos, que se adaptem em conjunturas locais e também em redes de produção e distribuição de alimentos em determinadas regiões.
A agricultura orgânica não utiliza química industrial no combate às pragas e nem na fertilização, não faz uso de sementes geneticamente modificadas e produz alimentos sem corantes e aromatizantes. A produção dos produtos orgânicos pode ocorrer nos modelos de agricultura convencional ou de monocultura. Portanto, um alimento orgânico pode ou não ser agroecológico.
Além de mostrar o que é agricultura orgânica, o curso de agroecologia vai tratar de várias outras questões relacionadas à agricultura sustentável, como cuidados, fertilização e manejo do solo, mecanização agrícola, manejo de culturas regionais e muito mais.
Mas antes de irmos para essas questões e com você sabendo o que é agricultura orgânica e agroecologia e seus fundamentos, vamos esclarecer que uma não compete com a outra. Tanto que o governo federal deu um importante passo para ampliar e efetivar ações que promovem o desenvolvimento rural sustentável com a implementação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), pelo decreto 7.794/2012.
Essa política tem como seu principal instrumento, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), conhecido como Brasil Agroecológico, que contribui para que políticas públicas sobre o tema sejam planejadas e implementadas.
Todos os outros tópicos que veremos a seguir também são parte do Curso Online Agroecologia, disponível em nosso portal, junto a uma grande variedade de cursos online de diversas áreas do conhecimento.
Legislação de produtos orgânicos
Em junho de 2017 foi divulgada uma pesquisa feita pelo Conselho Brasileiro de Produção Orgânica e Sustentável (Organis) na qual consta que produtos orgânicos são consumidos por 15% dos brasileiros do meio urbano. As expectativas para o futuro da produção orgânica também são promissoras, segundo Rogério Pereira Dias, Coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A produção e comercialização de produtos orgânicos foram aprovadas pela Lei 10.831/2003, mas sua regulamentação só ocorreu em dezembro de 2007, pelo Decreto 6.323. Além deles, há vários outros dispositivos legais que norteiam as práticas da produção agrícola orgânica.
Todas as informações dadas aqui sobre a produção orgânica são aprofundadas em um curso de agricultura orgânica ou de agroecologia. Concurseiros também tem uma boa preparação tendo os cursos a distância como ferramenta de apoio em seu estudo – e podem até garantir uma boa classificação nas provas de títulos, se estiver previsto no edital que cursos online livres contam para pontuação.
2. Ecologia e agrossistemas
No início do artigo, falamos sobre como a agricultura e pecuária usaram recursos naturais incansavelmente, de forma que esses recursos não conseguiram se regenerar na mesma proporção em que perderam seus componentes.
Se não houvesse intervenção a favor do meio ambiente, esse não suportaria por muito mais tempo o crescimento econômico da forma que estava, com um alto padrão de extração e consumo dos recursos. Se formou um cenário de insustentabilidade e era preciso modificá-lo, buscando de todas as formas o desenvolvimento rural sustentável.
Uma das formas – no âmbito da produção agrícola – veio com as práticas sustentáveis da Agroecologia nos ecossistemas agrícolas, ou agrossistemas. Os ecossistemas agrícolas se diferenciam pelas suas técnicas e práticas, que os definem como sustentáveis ou não: o agrossistema tradicional, que utiliza técnicas simples e mais antigas; o agrossistema moderno, como o do agronegócio; e o agrossistema alternativo, que abrange todas as técnicas que visam o uso sustentável e a conservação do meio ambiente – (tópico do nosso curso de agroecologia).
Os agrossistemas são analisados de acordo com suas especificidades e as interações que acontecem com as mesmas. São consideradas interações ocorrentes nos sistemas de produção, as relações socioeconômicas, os ciclos minerais, as transformações de energia e outros.
A prática agrícola com base na ecologia ajuda a restabelecer o balanço energético de um sistema específico, por meio da preservação da biodiversidade natural e também do manejo sustentável dos sistemas de produção. A diversidade de espécies em um mesmo local causa a interação entre os elementos do sistema e alguns componentes são usados para que outros sejam produzidos – exemplo: esterco para fertilizante, erva daninha como forragem, dentre outros.
3. Fisiologia vegetal
A fisiologia vegetal está diretamente ligada à biodiversidade e estuda as necessidades básicas das plantas para a sua sobrevivência. De extrema importância na agroecologia, ela garante o papel das plantas no planeta, inclusive o de reparadoras do solo. Entre suas funções estão assegurar meios para que ocorra:
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a fotossíntese, que acontece pelas folhas e que liberam oxigênio;
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a reprodução, feita por meio do pólen e que ajuda com a conservação das plantas em um ecossistema;
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a produção de frutos, que servem como alimentos e que fornecem as sementes.
O controle fisiológico, por sua vez, está relacionado ao controle de doenças e pragas. Na agroecologia há um princípio chamado Trofobiose, de definição bem simples: um ser vivo só sobrevive se houver alimento adequado e disponível para ele. Isso quer dizer que, o controle de pragas pode ser feito pela própria planta e a sua capacidade de se defender. Ou seja, uma praga só atacará uma planta se houver em sua seiva alimento que ela precisa.
Aminoácidos são rapidamente identificados pelas pragas, eles se desenvolvem a partir do nitrogênio do solo e fabricam as proteínas, por sua vez, responsáveis pela formação de partes da planta. Se a planta estiver crescendo normalmente, as proteínas para que ela cresça também estão em um ritmo normal, não deixando que os aminoácidos circulem pela sua seiva. Mas se ela sofrer um desequilíbrio, a taxa de crescimento diminui, as proteínas são quebradas de forma mais acelerada e os aminoácidos passam a circular pela seiva. Resultado: pragas e doenças “sabem” disso e passam a se alimentar dessa planta em desequilíbrio.
Dica: tanto um curso de agricultura orgânica quanto um de agroecologia dão um forte embasamento a quem estuda na área das ciências agrárias, seja em cursos técnicos ou graduação. Além dos saberes, um curso online pode “dar aquela ajuda” com créditos nas atividades complementares.
4. Fertilização do solo e nutrição de plantas
Outro tema tratado no Curso Online Agroecologia diz respeito à importância e formas de tratamento do solo, como a sua fertilização, que resulta na boa nutrição das plantas.
Para que o solo tenha uma boa fertilidade, ele precisa ter condições físicas adequadas, atividade de micro-organismos e uma boa diversidade de nutrientes. Essas condições dão às plantas o poder de escolher os alimentos que melhor as favorecem – o que não acontece em solos compactados ou pobres em nutrientes e matéria orgânica.
A agroecologia propõe alternativas simples e econômicas para uma adubação orgânica, que aumenta a fertilidade do solo, assegurando uma longa vida ao solo e às plantas. Essas alternativas incluem:
– Compostagem: transformação de material orgânico – palhada, restos de alimentos ou esterco – em material rico em nutrientes para o solo. Feita a partir de pilhas de compostos, em determinados locais de um terreno.
– Esterco: é um dos tipos de adubação orgânica bastante conhecido pelos agricultores, que, inclusive, têm material abundante, por causa de suas criações. É utilizado na forma sólida ou líquida, dependendo da mão-de-obra e infraestrutura disponível.
– Biofertilizantes: é o esterco misturado a restos de folhas ou outros elementos importantes a cada cultura. Esses elementos são diluídos e descansam por alguns dias, para que fermentem, depois outros elementos são adicionados, para enriquecer o biofertilizante. Caldo de cana, pó de rocha, cinzas e leite são exemplos de elementos adicionados. É utilizado na proporção 1 parte de biofertilizante para 9 de água.
– Adubação verde: técnica agrícola que promove a reciclagem de alguns nutrientes do solo, o deixando mais fértil por meio do plantio de espécies de plantas (principalmente leguminosas).
5. Manejo e conservação da água e dos solos
Um dos principais problemas para o manejo e conservação da água e dos solos acontece quando a camada superficial do solo se desloca, por causa das enxurradas. Há algumas práticas agroecológicas que minimizam esse problema, como o plantio direto e as curvas de nível, conseguidas pela elevação de terras que distribuem água em determinados locais e que evitam a erosão.
Métodos de irrigação e drenagem
O sistema de irrigação das lavouras dependerá de alguns fatores como a topografia, o tipo de planta, o clima, tamanho da área e a capacidade de armazenamento de água. Somado a isso, há que se ter a preocupação de usar a água de forma consciente, buscando economia e sustentabilidade, com o reaproveitamento da água, por exemplo.
Alguns sistemas de irrigação e suas principais vantagens:
Aspersão |
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Microaspersão |
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Gotejamento |
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Ao contrário da irrigação, a drenagem retira do solo o excesso de água. É necessária sempre que não acontecer de forma natural e comprometa as condições do solo. A técnica dá ao solo uma melhor resistência, além de estruturação e aeração.
A drenagem evita os alagamentos, que podem provocar erosão e salinização dos solos, que é quando ocorre a elevação do lençol freático, apresentando uma alta concentração de sais, vindos do acúmulo de fertilizantes aplicados ao longo do tempo. A salinização pode ocasionar problemas de fertilidade da terra e toxidez generalizada nas plantas, caso alcance suas raízes.
6. Manejo ecológico de culturas regionais
Um dos elementos da agroecologia é o manejo dos recursos produtivos. As ferramentas ecológicas ajudam a desenvolver formas de manejo que respeitem e preservem a natureza e as interações solo-água-planta-homem.
O manejo ecológico diz respeito ao sistema natural de cada região, considerando os seres vivos, o solo e o clima, e as suas interações. Seu objetivo principal é que o ambiente seja minimamente alterado e que sejam aproveitados os potenciais naturais de cada propriedade.
A rotação de culturas é uma das práticas da agroecologia para evitar a exaustão dos solos. Mas para que funcione de forma eficiente, é preciso que se considere o plantio das culturas regionais, pela sua adaptação ao tipo de solo de cada região. Em regiões do Cerrado, por exemplo, a predominância é da monocultura de soja, sendo necessário que se introduza, para a rotação, gramíneas, como pastagem, milho e outras.
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7. Mecanização agrícola
O processo de modernização na área rural contribuiu fortemente para o aumento da produtividade agrícola no país, mas causou vários impactos sociais e ambientais. A mecanização influencia no sistema de monocultura que, por sua vez, causa sérios problemas ambientais como contaminação dos recursos naturais, perda da biodiversidade genética, compactação dos solos, erosão e destruição das florestas, entre outros. Os problemas socioeconômicos resultantes disso foram o êxodo rural, aumento da pobreza rural e decadência da economia no campo.
As agriculturas alternativas, como a agricultura familiar e a agricultura orgânica, usam pouca ou nenhuma mecanização, sendo uma de suas principais caracteríticas a utilização de mão de obra. Já o agronegócio, que demanda produção em larga escala e redução dos cursos de produção para se manter competitivo.
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