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  • 21/09/2020

Educação infantil: 11 dicas para ser um bom profissional


  • Autor: Equipe Educamundo
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À primeira vista, trabalhar com educação infantil pode parecer simples, fácil até. Afinal de contas, “são só crianças”. Mas exatamente pelo fato de elas serem “só crianças” é que tudo se torna mais complicado e delicado. Apesar disso, é perfeitamente possível e acessível se qualificar adequadamente para trabalhar com educação infantil através de cursos online de qualidade. O ensino à distância pode ser um aliado valioso quando se procura capacitação de qualidade.

A seguir vamos dar algumas dicas do que é preciso para se aperfeiçoar ou para se tornar um profissional melhor na área de educação infantil.

1. Seja paciente

“São só crianças”, lembra? Muitas das atitudes de uma criança podem parecer, em princípio, guiadas por sentimentos como rancor, raiva, inveja ou vingança, quando na verdade podem ser somente atitudes quase instintivas. Crianças ainda não têm formada em seu cérebro a noção plena de bem e mal, de justo ou injusto. Isso vai depender da criação que ela trazem de casa, do ambiente, de uma série de fatores.

É preciso paciência para se entender que nem sempre a criança toma determinada atitude com o intuito de magoar, provocar um adulto ou fazer o mal. Provavelmente, na cabeça dela, aquela atitude não é danosa e não possui nenhuma motivação oculta além de pegar o brinquedo do colega para brincar ou chorar porque queria comer mais doce. Em tempo: ser paciente não significa ser condescendente. Caso faça algo errado a criança deve sim ser repreendida, mas com a devida compreensão de que, afinal, ela é uma criança.

2. Incentive a todas as crianças de maneira igual

Em 1949, ao estudar a corrida aos bancos durante as crises financeiras, o sociólogo Robert K. Merton cunhou o termo “Profecia autorrealizável”. A Profecia Autorrealizável de Merton é um fenômeno onde a simples previsão ou crença de que alguma coisa vai acontecer conspira para que, de fato, este algo aconteça.

Não se trata de esoterismo. A explicação é bem simples: quando uma pessoa espera ou acredita que algo acontecerá, ela já age como se aquilo fosse um acontecimento certo e real, e, assim, a previsão acaba por se realizar, porque, ao ser assumida como verdadeira – mesmo que não seja – a previsão influencia de fato o comportamento das pessoas, tornando o acontecimento futuro real. E o que isso tem a ver com a educação infantil?

Em seu livro Outliers , o jornalista Malcolm Gladwell estudou milhares de crianças e concluiu que crianças que demonstram aptidão em uma determinada atividade costumam receber tratamento diferenciado de pais e educadores, o que os fará serem muito mais bem sucedidos naquela determinada área do que os que não receberam o mesmo incentivo. Mas a questão é que este incentivo faz MUITO mais diferença do que a aptidão da criança. Se uma criança que se mostra muito boa em matemática recebe atenção especial por isso, ela vai EFETIVAMENTE se tornar um adulto bom em matemática, não devido à sua aptidão natural, mas devido ao treino e à atenção diferencias que ela recebeu.

Por isso é importante não relegar a segundo plano crianças com pouca aptidão ou deficiência em alguns pontos, pois isso acarretará em um resultado ruim real em alguns anos. Assim como uma criança com aptidão para um esporte ou alguma atividade deve sim ser incentivada, mas não de maneira que as outras crianças recebam menos atenção por conta disso. Afinal, este incentivo ou a falta dele também pode fazer com que elas percam o interesse em assuntos importantes, que lhes farão falta mais tarde.

3. Cuidado com a influência – a boa e a ruim

Crianças em seus primeiros estágios são praticamente esponjas, absorvendo tudo com o que elas têm contato. Professores e educadores costumam ser escolhidos como modelos de comportamento por muitas crianças, que começam a espelhar e repetir seus comportamentos, suas palavras entre outras coisas.  

É preciso ter muito cuidado e entender que, quando em contato com as crianças, deve-se tomar o máximo cuidado com o que se faz, se fala e se pensa, pois as crianças podem, em questão de horas, absorver completamente e começar a repetir determinado padrão, que você pode não querer que elas reproduzam. E, para elas, um comportamento visto em um adulto funciona como uma espécie de chancela. “Se um adulto age assim, eu também posso, não é errado”. Enquanto não formam o senso de certo e errado, elas usam os adultos como bússola moral, assim como seus comportamentos, atitudes e palavras.

4. Brinque com elas

Brinque. Muito. É isso mesmo, brinque bastante. Há centenas de estudos que falam sobre a importância das brincadeiras na educação infantil e no desenvolvimento das crianças. A brincadeira é uma das primeiras e mais complexas formas das crianças se comunicarem, antes mesmo de aprenderem a falar. Neste nível, brincar ajudar a desenvolver suas habilidades sociais e intelectuais, como a memória, a negociação, a imaginação, a sociabilidade e a psicomotricidade.

Mas não falamos aqui somente de brincadeiras “normais”. Também é importante a sugestão de brincadeiras lúdicas e jogos que requeiram um pouco mais da criança, a fim de ajudar em seu desenvolvimento intelectual e social, em jogos e brincadeiras em conjunto com outras crianças.

 Vygotsky, um dos mais importantes estudiosos da psicologia histórico-cultural, defende que a brincadeira é uma atividade com um importante contexto cultural e social para a criança. Ele afirma também que “A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. Ou seja, a criança, ao brincar, vai ter o primeiro contato com habilidades e aptidões que lhe serão muito úteis mais tarde.

 Também devemos lembrar que as brincadeiras são uma forte e importante maneira de se ensinar alguns assuntos para as crianças. Através de brincadeiras e jogos as crianças podem ter contato com o Sistema de numeração, com o Alfabeto, com conceitos de física como calor, frio etc, e de uma maneira muito mais leve e descomplicada. E aprender conceitos importantes como os citados através de brincadeiras vai influenciar diretamente o desempenho e o gosto delas por essas matérias mais tarde, quando elas aparecerem. Este curso online de Brincadeiras para recreação infantil contém várias dicas de atividades, além de técnicas de recreação e planejamento de ações. 

5. Entenda a peculiaridade da inteligência das crianças

Este curso online Inteligência - A Peculiaridade nas Crianças aborda este tema de uma maneira bem didática e acessível. A inteligência infantil é muito peculiar e diferente da nossa, e o curso fala exatamente disto. O pensamento infantil já é peculiar por si só, e cada criança também é, em si, diferente das outras, e isso deve ser levado em consideração o tempo todo. Crianças desenvolvem sua maneira de pensar por caminhos e de jeitos diferentes.

E também é abordada neste conteúdo a questão das crianças com Hiperatividade, Défict de Atenção, dislexia e autismo, com técnicas para diminuir a dificuldade dessas crianças e como ajuda-las a desenvolver o raciocínio matemático entre outras questões. Estudar especificamente a inteligência infantil é muito importante para compreender e interpretar as suas atitudes e palavras de maneira correta e didática.

6. A tecnologia é sua amiga (e das crianças também)

Muito se discute mundo a fora a questão da tecnologia e as crianças. Hoje em dia crianças de três, quatro anos, já mexem sozinhos em tablets e computadores, vendo vídeos e jogando jogos mais simples. Antes de aprenderem a ler e a escrever. Esta ligação entre crianças e tecnologia é irreversível e não pode ser ignorada, muito pelo contrário: a informática deve sim ser utilizada como uma poderosa e eficaz ferramenta de ensino e aprendizagem. Este curso online Informática Educativa traz um vasto conteúdo sobre o assunto.

É impossível manter a educação de fora do avanço tecnológico, e é contraproducente negar as vantagens e a ajuda que podemos obter com o uso da tecnologia na educação infantil. E através da tecnologia também pode ser implantado o aprendizado através de jogos e brincadeiras, com o uso de computadores, tablets e demais aparelhos.

7. Goste de crianças!

Essa não podia faltar. Para trabalhar com crianças é imprescindível que se goste de crianças. Educação infantil não é um emprego qualquer burocrático onde um erro causado pela falta de interesse pode no máximo acarretar em algum atraso ou algo assim. Trabalhar com crianças sem gostar delas pode ser algo penoso, difícil e prejudicial – tanto para o profissional quanto para as crianças.

Gostar de crianças facilita tudo e ajuda a ter mais paciência, disposição, responsabilidade etc. E as crianças percebem instintivamente quem gosta e tem paciência com elas, e isso facilita muito a convivência e a transmissão de ensinamentos e lições. E se você gosta de crianças, o seu trabalho vai ser uma fonte de prazer e satisfação, tanto para você quanto para as crianças.

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8. Cuidado com o que fala, e com o que ouve

Crianças falam muito, sobre tudo, sem filtro. É bem provável que você ouça delas confidências sobre a vida conjugal dos pais, problemas íntimos familiares ou de amigos, ou até mesmo que elas lhe façam confidências íntimas e pessoais.

O que fazer com essas informações deve ser algo bem pensado e decidido em conjunto com a direção da instituição de ensino. É recomentado que só haja interferência ou comunicação com a família em casos graves como agressões etc. É preciso ter em mente que a criança conta as coisas sem maldade, e que contar para um terceiro ou se utilizar dessa informação em uma situação que não seja grave é uma grande quebra de confiança para com a criança, além de uma atitude extremamente antiética.

9. Seja firme, mas não duro demais

Crianças, instintivamente, testam os limites em tudo o que fazem. Seus limites físicos, intelectuais, e também os limites das pessoas ao seu redor. E com os educadores não é diferente. A criança vai testar para ver o que o educador permite que ela faça, o que não permite, até onde ela pode ir.

É importante impor limites e mostrar que você é uma figura de autoridade, mas sem intimidar ou assustar as crianças. Elas têm que aprender que é você quem impõe estes limites e a te respeitar, mas nunca através do medo nem da intimidação. Ao perceber isso, as crianças serão mais receptivas aos ensinamentos e a tudo que lhe é passado por parte do educador.

10. Incentive-as

Crianças são muito suscetíveis a sugestões e a atitudes relacionadas a elas ou a coisas que elas fazem. Uma crítica mal feita por resultar em um trauma que acompanhará a criança por toda a vida. Assim como o contrário também acontece: um incentivo ou um elogio feito no momento certo podem ter um efeito muito positivo na criança.

Tenha um espaço na sala para expor trabalhos e criações das crianças, sejam trabalhos artísticos ou até mesmo brinquedos montados, quebra-cabeças etc. Qualquer coisa que elas possam perceber o orgulho dos adultos de ela ter criado aquilo. Aliás, convide periodicamente pais, profissionais da instituição e outros alunos para verem estes trabalhos, de preferência na frente das crianças. Elas vão gostar de ver o fruto de seus esforços sendo admirado e elogiado, principalmente por adultos. Lembra da Profecia autorrealizável do item 2 deste artigo? Pois uma criança incentivada em alguma área tem muito mais chances de se desenvolver nesta respectiva área.

11. Saiba e se informe sobre tudo um pouco

Na cabeça de uma criança, todo adulto sabe de tudo. Elas vão te perguntar sobre sexo, matemática, bichos, planetas, comidas, programas de TV, “por que as coisas caem?”, as cores, plantas, tecnologia, sobre tudo o que elas tiverem curiosidade, sem filtro.

É preciso, além de conhecer um pouco de quase tudo, ter muito tato nas respostas. Quando uma criança pergunta o porquê das coisas caírem, elas não querem uma explicação científica sobre a lei da gravidade e sobre como funciona a força de atração dos corpos celestes. Ela só quer saber porque as coisas caem em vez de continuarem subindo até o infinito. É sempre bom ser uma pessoa muito bem informada, para prover o mínimo de informação inicial sobre as dúvidas e perguntas das crianças, que são sempre muitas e muito variadas.

E aí, gostou das nossas dicas? Se quiser se aprofundar mais no assunto, você encontrará no Educamundo, diversos cursos online na área que vão te ajudar a se aprimorar como profissional de educação infantil. Até o próximo artigo!

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